Novo post Blogger

Onde fica a Próxima estação?

Quão informatizados estamos?
Por um lado, muito. Cartões de todos os tipos, celulares, declarações de imposto de renda e malha fina, telefones grampeados, agendas on-line, "emeio", IM, orkut,... sem falar que quase todos os serviços e funcionalidades a que temos acesso, em lojas, governo, fábricas e mesmo carros, motos e ônibus, aviões e aeroportos, estão informatizados. Irremediavelmente.

E não têm, aparentemente, nenhuma condição de se desinformatizar: esta não é uma tendência anunciada nem mesmo pelos mais pirados gurus . Muito pelo contrário. E aí é que está o outro lado. A nossa informatização mal começou.
Minha casa tem quase nada de informática e ainda não me reconhece; meu chuveiro não sabe a temperatura que prefiro na água (dependendo da hora do dia e estação do ano); meu carro(ainda não tenho) não se vira (sozinho) no trânsito e, se eu quisesse deixá-lo de lado (para sempre), não consigo (ainda), teclar um mapa no ponto de ônibus e pegar um coletivo, ponto-a-ponto, entre onde estou e onde quero ir. De um jeito fácil, seguro e rápido. Ainda tenho que ir ao hospital fazer exames, quando deveria ter sensores transmitindo meus (e de todos, o tempo todo) dados vitais para os servidores do sistema de saúde, que ainda não têm nem a inteligência para acompanhar a epidemia de câncer de mama do país, imagine para tratar os dados de quase 200 milhões de brasileiros e, usando de redes neurais a lógica , decidir que amanhã, quando eu chegar no ponto do coletivo (que pode não ser ônibus) o lugar pra onde devo ir é o hospital, e não o trabalho. Que terá sido informado da necessidade de minha ausência, face a um tratamento preventivo que será realizado durante parte da manhã... por um robô.
Todas as cirurgias ainda são realizadas por humanos. Pode até ser que cirurgiões ajudem a projetar e treinar os robôs e desenhem as cirurgias. Podem até supervisionar o processo. Mas não vão realizar boa parte das operações. Não, esta não é uma descrição de “Eu, Robô”.

Mas será que utopia de um mundo ideal, informatizado aos poucos, sem que consigamos interferir na maior parte dos sistemas e no grau de controle que eles começam a ter sobre a sociedade, não pode se tornar uma distopia onde perdemos o controle de agentes muito sofisticados que ajudamos a criar? E eles, por sua vez, começam a tomar as “melhores decisões” e, aí, o futuro não precisaria mesmo de nós?...

É traumatizante pensar: Why the future doesn't need us?

http://www.wired.com/wired/archive/8.04/joy.html
Essa reportagem foi fuçando a net,atrás de coisas interessantes e que realmente vale a pena se discutir,lembrando que está em inglês.  
Posted under:
1 Comments Make A Comment

Leave a comment